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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O grande erro na política do Brasil



Existem dois tipos de representação política:

  • Representação partidária: políticos que representam os seus partidos e ideais.
  • Representação democrática: políticos que representam o seu povo.


O grande erro na política do Brasil é que a representação partidária prevalece sobre a representação democrática. Quando elegemos um político, queremos que ele nos represente, mas ele não consegue por quê?  Por que não foram só os votos de meu bairro que elegeram ele, mas de vários bairros. Por que no Brasil é assim, não existem distritos eleitorais para ele representar.  Não!  ele pode sair de seu vilarejo, ou distrito e angariar votos de outros lugares.  Com isso ele não representa nem ali nem aqui. É muito mais fácil ele representar o seu partido, quer capitalista, ou socialista, ou fundamentalista, ou nacionalista, ou comunista, ou de direita, ou de esquerda. E seus discursos estão mais relacionados a mudanças constitucionais e implantar suas ideais partidárias do que simplesmente lutarem pelos os problemas que suas comunidades estão enfrentando. Por exemplo. A cidade Tiradentes, na periferia mais distante da cidade de São Paulo. Abandonada pelo poder público. Mas porque abandonada pelo poder público? Por que não tem quem a represente.  Os vereadores estão mais preocupados em implantarem suas leis municipais e ajudarem a seus partidos do que resolverem os problemas destes bairros afastados.

Na Cidade de Atenas, na Grécia Antiga, foi dividida em dez demos, ou 10 povoados, sendo o mais importante Polis, onde eram discutidos os interesses de cada demo. Naquela época, não existia direita ou esquerda política, capitalista ou socialista, liberal ou comunista. Simplesmente, naquela época, eram discutidos os problemas de cada demo. A palavra política vem de polis. (Lugar onde havia um verdadeiro debate de idéias). Mais tarde vem a revolução francesa. A democracia ganhou muito com a revolução francesa. Mas perde muito com os Jacobinos (burgueses) Esquerda, e os girondinos (que eram a favor do Rei), Direita. Com isso o parlamento francês, inventa a maior confusão política da história. Os políticos representam mais os seus clube partidários do que o povo.

Então no Brasil, como em vários países democráticos. Em vez de os políticos estarem lutando por suas comunidades; estão na verdade brigando pelo poder, simplesmente pelo poder. Hoje a maior luta política é a situação (representante da maioria) se segurando para não perder o poder. E a oposição (representado a minoria) querendo ser maioria e querendo pegar o poder.


O voto distrital mitigaria esses devaneios políticos.  Porque o político teria que representar o seu distrito. Os partidos teriam que lutar na base. Para conseguir o maior número de representante possível. Mas se suas comunidades nos seu distritos não forem bem representadas, nunca mais seriam reeleitos. 


O que queremos no político, não é que as idéias socialistas, ou capitalistas prevaleçam, e sim  que um exame no hospital não demore seis meses para se realizar. Não meritocracia ou tecnocracia, e sim que haja qualidade nas instituições públicas. Não queremos saber de números, queremos resultados concretos.  Cada comunidade precisa ser representada. No congresso, no parlamento, na câmara de deputados, no Senado. Seja o que for. Cada comunidade, da cidade Tiradentes até Taipas sejam todas as comunidades representadas politicamente. Não! Com PT ou PSDB, o que temos? Um verdadeiro parlamento francês, de baixa qualidade. Aonde não chegam a nada.

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