Translate

segunda-feira, 4 de abril de 2011

É possível ser livre



É possível ser livre
Aqueles presos pelo vício,
Corrompidos, sem sobriedade,
Ao alcance do precipício?!

É possível ser livre
Aquele que embriagados,
Não tem o controle do carro,
Mesmo que não tenha matado?!

É possível ser livre
Aquele que não liga fazer,
Para a possível dor
Que causará pelo seu prazer?!

Neste País sim!
Não sei outros países,
É possível ser livre
Das folhas as Raízes...

Liberdade para drogar-se!
Liberdade para beber!
Liberdade para ficar doidão!
Liberdade para o prazer!

Mesmo que a morte venha,
É possível o embriagado
Ficar livre, só que sóbrio não!
Mesmo que não fora acidentado!

O vilão, não é o lunático
Com suas drogas, descontrolados.
É o cara consciente e sóbrio
Que não pode evitar o caso.

Dizem os técnicos tribunais:
- Quem bebe não quer matar...
Mesmo sabendo  de todo o risco
Culpado, nunca doloso, sempre será.

Os conscientes sóbrios estão sempre
Sofrendo, loucos pudentes!
Já o embriagado, doente
Dirigi e nós muito complacentes.

O drogado ladrão, furtador
Para seu vício alimentar
Vai ao consciente sóbrio destroçar,
E a vida de sua família retirar.

Os drogados que não são  tratados
Vivem a mercê... Coitados!
Os conscientes sóbrios com medo,
Desses lunáticos, imputados.

Que sociedade livre é essa?!
Onde um consumidor de droga
Não tem uma clinica
Para se tratado dessa marola.

Onde o consciente sóbrio, apavorado
Fica a mercê, sem dormir.
O nóia tem que roubar
para a sua droga poder consumir.

O estado, na sabe como,
Não trata, não proíbe, não educa.
Nenhuma solução plausível!
E a sociedade na escravidão caduca!

O drogado, o bêbado, viciado.
São escravos dos seus vícios.
E os conscientes sóbrios são escravos
Desses vis e ciclos suplícios.

É possível ser livre?
É possível ter o direito de ir e vir?
Ser respeitado, pelos méritos
Da lei e todos os termos, cumprir?

Esses, de olhos vermelhos,
De andar cambaleante
Com caras cansadas
E papo louco delirante.

Que utilidade tem neste estado?
Bem não ajuda, não consegue ler,
Bem não calcula, bem não escreve,
Só serve para se satisfazer.

Um cidadão com vício prazer,
Sem noção, sem sobriedade,
Acaba não só com a sua,
Mas de todos, a liberdade!...


Luis Pereira de Queiroz 

Nenhum comentário:

Postar um comentário