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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Homofobia ou xenofobia?



Xeno fobismo ou xenofobia é o medo natural (fobia, aversão) que o ser humano normalmente tem ao que é diferente (para este indivíduo).  Xenofobia é também um distúrbio psiquiátrico ao medo excessivo e descontrolado ao desconhecido ou diferente. Xenofobia é ainda usado em um sentido amplo (amplamente usado mas muito debatido) referindo-se a qualquer forma de preconceito, racial, grupal (de grupos minoritários) ou cultural. Apesar de amplamente aceito, este significado gera confusões, associando xenofobia a preconceitos, levando a crer que qualquer preconceito é uma fobia.
Pessoas naturalmente possuem xenofobia a coisas alienígenas (ao que é bizarro e jamais visto por este), não necessariamente provindo de outro mundo. Esta manifestação de xenofobia pode, por exemplo, explicar medo pelo sobrenatural e extraterrestre, ou o fascínio pelo medo às criações de H. P. Lovecraft (ver Cthulhu Mythos), ou as pinturas de H. R. Giger (mais conhecido pela criação da criatura xenomorfa do filme Alien).Porém xenofobia pode se manifestar como medo a um desconhecido familiar, mas diferente ao comum (por exemplo, a culturas diferentes). Neste caso, o medo é mascarado no indivíduo em forma de aversão ou ódio, gerando preconceitos. Note, porém, que nem todo preconceito é causado por xenofobia, como veremos adiante. Como qualquer fobia, xenofobia pode vir em diferentes intensidades, podendo se tornar uma doença psicológica. Xenofobia e preconceitos. Xenofobia é comumente associado à aversão a outras raças e culturas. É também associado à fobia em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os quais o indivíduo que apresenta a fobia habitualmente não entra em contato e evita.Por esta razão Xenofobia tende normalmente a ser visto como a causa de preconceitos. Por exemplo, defensores do termo Homofobia acreditam que todo preconceito a Homossexuais provém de medo irracional (fobia). Porém isto não é totalmente verdade. Xenofobia pode realmente causar aversões que levam a preconceitos raciais ou de grupos. Contudo nem todo preconceito provém de fobia. Preconceito pode provir de outras causas. Estereótipos pejorativos de grupos minoritários, por exemplo, podem levar um indivíduo a ter uma idéia errada de outro grupo podendo ultimamente levá-lo ao ódio. (Não por medo, mas por desinformação. Exemplos: de que asiático é sujo, que mulçumano é violento, que negro é menos inteligente, etc...). Outra causa pode provir de ideais e conceitos preconceituosos per se, em que a causa não é fobia, mas conflitos de crenças. Esta causa é similar a anterior, porém é gerada por conflito de conceitos, não desinformação. Por exemplo, um grupo machista odiando homossexuais (por contrastar com sua forma de vida), religião pregando contra outras religiões (por conflito de conceitos), ideais políticos como o arianismo nazista etc...
Fonte: http://profmelloliver.blogspot.com/2010/11/xenofobia.html

Homofobia: O termo é um neologismo criado pelo psicólogo George Weinberg, em 1971, numa obra impressa, combinando a palavra grega phobos ("fobia"), com o prefixo homo-, como remissão à palavra "homossexual".
Phobos (grego) é medo em geral. Fobia seria assim um medo irracional (instintivo) de algo. Porém, "fobia" neste termo é empregada, não só como medo geral (irracional ou não), mas também como aversão ou repulsa em geral, qualquer que seja o motivo.
Etimologicamente, o termo mais aceitável para a idéia expressa seria "Homofilofóbico", que é medo de quem gosta do igual.
O que é a homofobia?
Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afectivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual.
Heterofobia é um termo utilizado para definir a aversão a pessoas ou actos heterossexuais. O termo hetero aqui é usado como forma abreviada de "heterossexual", e fobia significa medo ou aversão.
§  Um estudo, efectuado por Stephen M. White e Louis R. Franzini, indica que há mais sentimentos negativos e heterofobia por parte das pessoas homossexuais, quando comparados com os sentimentos negativos e homofobia por parte das pessoas heterossexuais. O mesmo estudo revela que o nível de sentimentos negativos por parte das pessoas homossexuais não é influenciado pelo facto de assumirem ou não a sua orientação sexual..[1]
§  A percentagem de homossexuais e bissexuais é muito maior que a percentagem de heterossexuais (ver homossexualismo), resultando assim numa potencial representatividade maior da heterofobia em relação à homofobia.




O termo homofobia, pelo o que vemos, é também utilizado para descrever o indivíduo que ainda não sabendo, ou tendo dúvida de sua identidade sexual, ou seja, sua sexualidade; não querendo expor-se para pessoas que supostamente tem a mesma que a dele,  devido ao preconceito, ele sente aversão a tudo que é o gosto pelo relacionamento ao sexo igual.

Já que a homofobia é uma convenção popular, gostaria de tentar desenvolver um termo que descreva melhor esse fenômeno comportamental que está ligado a homofobia. Para isso teremos que entender, segundo as descrições acima as peculiaridades do sintoma.

Analisando as descrições acima percebo quatro questões.


  • 1ª questão: A dúvida de sua sexualidade, isso demonstra falta de maturidade sexual;
  • 2ª questão: Medo a exposição, pressão exposta pela sociedade preconceituosa;
  • 3ª questão: Preconceito, falta de informação sobre sexualidade;
  • 4ª questão: Aversão, rejeição do que não conhece; 

Por tanto, entendo que segundo as explicações acima, e com todo o respeito às pessoas que deram o conceito.  A dúvida gera o medo.  A sociedade desconhecendo todas as conseqüências empíricas gera a pressão sobre o indivíduo que, toma a aversão de um lado, ou outro. Tornam-se homo fóbico, ou hétero fóbico.

Se o individuo está já com medo, simplesmente pela suposição, já que a sociedade exige uma retratação de posição. Venho a supor que fobia em questão não é do igual. E sim do diferente. Sabendo que dependendo do grupo que ele escolha, indo a favor ou não de sua natureza, ela será diferente dos grupos oposto a sua escolha. O termo neologismo correto então seria um termo que descrevesse a fobia de ser diferente.

Fazendo uma brincadeira com palavras gregas proponho esse termo:

Διαφορετικάναφόβος. pronúncia: Diaforetikanafovos. NAFOBIA seria o melhor termo para descrever um neologismo para esse fenômeno, Porque significa Διαφορετικά: diferente / να: Ser /φόβος: medo. Medo de ser diferente.

Xenofobia, também utilizada para descrever preconceito, não seria um bom termo, por que confunde-se simplesmente com o preconceito em si, sendo também um termo, que é  direcionado aos grupos diferente. Um xenofóbico tem medo do diferente, e não de ser diferente. O que faz um xenofóbico é a alta afirmação de pertencer ao um grupo ao ponto de sentir medo do novo, do estranho, do diferente. Diferentemente da diaforeticanafobia, que é o medo intrínseco de ser diferente.

Somos uma sociedade completamente diversificada; com diversas culturas, e fenômenos diversos de comportamento, que pode levar o indivíduo ao um estado de querer ou não pertencer ao um grupo. Isso levará o indivíduo mal informado, pela deficiência educacional ao um estado de não querer ser, mesmo que este seja.

O nafóbico é um ser completamente estranho, a si mesmo. Ele não quer ser gordo, mas é. Então ao sofre bulling, aversão de alguém. Ele poderá tomar atitudes positivas ou negativas. Quais atitudes positivas que um indivíduo tomaria? Tentaria emagrecer, praticar um esporte. E as atitudes negativas? Aversão a tudo que é gordo, violentar o indivíduo, que o reprime.


Será que não é um caso a se pensar?

É fácil perceber se o indivíduo é nafóbico. Por sermos completamente sociais, nós seres humanos, dependemos de pertencer primeiro ao um grupo, depois, se aceitar como tal. O que acontece? A diversidade de grupos, o torna flex, ou seja, indivíduo neutro, em relação aos grupos, experimentando, para ver como é a sua compatibilidade. Ao perceber, uma singularidade, com um grupo, ele se torna defensor incondicional. Causando assim, aversão a grupos opostos. A pressão do grupo, tribo, leva ao indivíduo a ter aversão, a grupos diferentes: Xenofobia comportamental. Caso esse pavor se torne incontrolável isso é xenofobia patológica. Se o indivíduo não se encaixa em nem um grupo, e existindo pressão dos vários grupos, e não podendo fazer uma escolha consciente, por causa de paradigmas e preconceitos que o impedem escolher um grupo ou outro, escolhendo não ser o que quer ser; sendo ou não, isso é Nafobia. Imagine só, viver em uma sociedade preconceituosa. A pressão é tão grande que tanto tomando uma atitude positiva como uma atitude negativa, gerará um desconforto, tanto do personagem ativo como do grupo a qual ele se opõe.  Na atitude positiva, ele se tornará  querendo mais e mais ser o que não é, se frustrando e se tornando, uma pessoa cada vez mais infeliz. Na atitude negativa, ele odiará tudo que se diz respeito a sua condição, tendo aversão, e sendo violento com outros de grupos opostos.

Isso é válido para todos os grupos. Por isso o termo homo fóbico, não seja adequado para descrever um fenômeno “Nafóbico”.   Se tornando com isso até um termo quase preconceituoso para os rótulos. Além disso, a violência deve ser combatida, a onde ela estiver, seja qual grupo que propõe essa prática. Independente do nome que se dá ao comportamento patológico, o mal existe; e deve ser encarado com uma condição de reflexão. Quando uma pessoa cometer violência, ela tem que ser punida pela violência, que é o grande mal que ela cometeu; e não por pertencer, ou ser de um grupo diferente. Esse é um fenômeno social, que mesmo dentro de grupos de seres iguais, formam panelas e se separam em grupos mais distintos ainda. Sendo normal uma oposição. Então, para que possamos conviver com todos os grupos, devemos combater a violência, se não iremos destruir a própria raça humana, pelo preconceito e aversão a grupos diferentes. 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Meritocracia e a exclusão social



Apesar da ascensão da classe C no Brasil, e um aumento considerável desta nova classe média, existe alguns problemas pontuais, que infelizmente o modelo de República no Brasil, que impede a atuação da oposição, além de que a oposição busca favores do governo; os muitos problemas sociais ficam esquecidos e ou sem solução.
Os exemplos mais citados na mídia são a segurança pública, educação e saúde. Esses três fatores vêm nos assustando a cada dia. É violência generalizada, causada por uma péssima educação, além de um acumulo nos serviços públicos, falta de gestão de qualidade das instituições de saúde. São entre elas, impunidades, destruições do patrimônio público, O bulling, o tráfico de drogas, o despreparo dos agentes públicos, o acúmulo de pessoas nas redes públicas, e o péssimo atendimento.
Várias soluções são proposta, e uma delas, também considerada a mais eficiente é a meritocracia.  A meritocracia ao pé da letra considerada o governo dos que tem méritos, pode ou não, resolver esses problemas pontuais da sociedade brasileira?
Definição da meritocracia:
Meritocracia (do latim, mereo, merecer, obter) é a forma de governo baseado no mérito. As posições hierárquicas são conquistadas, em tese, com base no merecimento, e há uma predominância de valores associados á educação e a competência.
Sistema social que se baseia na liderança exercida por pessoas de grande inteligência ou talento, em vez de se basear em riqueza ou estatuto social
"Meritocracia é o sistema de recompensa ou promoção fundamentado no mérito pessoal. Tem mérito aquele que é mais trabalhador, mais inteligente, mais criativo, e assim por diante. Esse mérito lhe rende mais poder, privilégios ou prêmios."
O governador afirmou que é preciso voltar ao tempo no qual a "meritocracia prevalecia" na hora de se escolher quem ocupava cargos públicos. "Não estaremos preocupados com comparações. Podemos até discuti-las. Foram governos em momentos distintos", afirmou Aécio, que se disse à disposição de seu partido. Folha de São Paulo, 22/01/2010
  
Vantagem e desvantagem:

  1. 1.   Vantagens: com a meritocracia não é o status, raça ou hereditariedade que conta na hora de colocar alguém em um cargo de liderança e sim sua competência.
  2. 2.   Em um sistema público, onde pessoas altamente competentes estão liderando, acredita-se que mitigaria o déficit de eficácia nas burocracias públicas.
  3. 3.   Desvantagens: Não se encontra um critério válido de avaliação para dar mérito ao funcionário. O critério de produção é inócuo, por que o indivíduo que produz bem, não poderá ser tirado de sua função. Ao tirar o competente sua função, para um cargo de liderança, estaria diminuída a eficácia do serviço operacional, tão importante. O tempo para esse novo líder multiplicar seu conhecimento estaria prejudicando o sistema em si. Outra desvantagem clara são os que não têm méritos, e serão excluídos da possibilidade de ascensão da empresa pública. Se o objetivo é ascensão de carreira, isso poderia desanimar o funcionário, e colocar-lo em um estado de, para que se esforçar se sei que não vou ganhar. Podendo, ao contrário do esperado levar a ineficiência de um serviço, outrora muito melhor. Já que a estabilidade de uma empresa pública é garantida, a sua incompetência não lhe causará grandes problemas, levando o indivíduo, ao um relaxo capital do serviço.
  4. 4.   Democracia: A meritocracia é um sistema de governo, por tanto concorre com a democracia nos parâmetros de escolha. Na democracia o indivíduo é escolhido pela maioria. Como podemos ver na democracia é escolhido o líder pela capacidade de liderança, e não somente competência.  O mérito do indivíduo seria os méritos de influência, sua liderança seria mais competente. Interessante, se compararmos a nossa sociedade, que não forma ninguém, se o indivíduo, é rico, ela poderá capacitar-se melhor. Como podemos prever, a meritocracia é apenas uma forma de transformar democracia em oligarquia disfarçada.    
  5. 5.   Fator excludente: Como podemos ver a nossa sociedade em si só é excludente. A meritocracia se encontra de diversas formas na sociedade, criando um tipo de classe, os excluídos. Todos querem o topo, só que nem todos estão preparados para alcançá-lo. A defasagem já na formação do indivíduo, tornando menos competente com o tempo.  A má educação em meio à massa excluída leva o individuo a tomar decisão não muito eficaz, por exemplo, a violência.

Os excluídos da meritocracia são os grandes problemas a serem resolvidos em uma sociedade liberal. O funcionamento de uma sociedade onde reina a meritocracia, no começo até rede frutos, os serviços são renovados, e incorporados. Mas como funciona a meritocracia? Existe um topo a ser alcançado, e como existem vários com o objetivo de alcançar esse topo, é necessária uma concorrência entre os mais competentes, onde apenas uns raros capacitados serão presenteados com o benefícios. Os outros, ou se acomodam com o sua derrotam o tentam em outra ocasião sem prazo determinado.
  
O que fazer com os excluídos?
Usando o princípio do equilíbrio, que diz que o centro é o melhor lugar para resolver os problemas, ou seja, nem meritocracia nem direitos iguais. Devemos garantir desde o nascimento, alguns direitos básicos, como à vida, educação, liberdade de expressão, liberdade de dogma, moradia, segurança, saúde e saneamento básico. Direitos esses mínimos de dignidade humana. Todos deverão ter direitos iguais neste sentido, para que ao chegar aos dezoitos anos, qualquer um esteja apto para a concorrência.
Claro que teremos os excluídos, mas não como hoje; pessoas que não têm garantidos esses direitos básicos para a vida, quando não são contemplados, com a meritocracia, são excluídos e não tem o mínimo possível para poder concorrer. Os direitos iguais mínimos são importantíssimos para que um indivíduo excluído possa voltar a sua luta diária. Não ganhou o prêmio, mas sua situação de dignidade estará dando-lhe condições para concorrer quantas vezes forem necessárias.

Conclusão:

A melhor solução seria uma linha de frente do governo para garantir direitos iguais para todas as pessoas que nascem no país.
A meritocracia com certeza é mais justa, mas não atende uma parcela da sociedade que está ai sendo excluída, ou por raça, ou por falta de competência, ou por não ter um cartucho, ou diversas formas encontradas, em uma sociedade completamente injusta.
Se não garantirmos, o mínimo de direitos a nossas crianças e jovens, como poderemos resolver os déficit da sociedade?
       

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A vontade Geral e a de Todos



Do contrato Social, livro de Jean-Jacques Rousseau, publicado em 1962, dá bases de como montar uma sociedade. Por que nessa obra dissertativa, existe uma crítica muito peculiar. É quase uma lei, mostrando como as pessoas deveriam se comportar em sociedade. Resolvi em meio as minhas limitações literárias retirar alguns assuntos, não tão polêmicos do livro, mas muito esclarecedores no ponto de vista da sociedade moderna.

No capítulo Do estado Civil 2° parágrafo, “O que homem perde no contrato social, é a liberdade natural, e um direito ilimitado a tudo que tenta e que pode atingir; e que ganha é liberdade Civil e a propriedade de tudo que possui”.  Essa afirmação abre uma premissa interessante, dizendo há diferenças básicas nas liberdades. Depois Rousseau explica que as diferenças são que a liberdade natural é aquele que está limitada a força do individuo. E a liberdade Civil é a liberdade limitada à vontade geral do acordo; ele é claro em explicar que para fazer um acordo social, deveria todos os membros do acordo abrir mão de sua Liberdade para algo superior que é a vontade geral dos membros. E ai está o que estou comparando com a sociedade hoje. 


No livro dois capitulo três, Rousseau coloca uma questão pertinente; É possível a vontade geral errar? “Já mais se corrompe o povo, mais com freqüência se o ludibria e é somente então que ele parece desejar o mal”. Com essa resposta Rousseau responde que não; o problema é que o povo se corrompe por que foi ludibriado, enganado. A questão é: como evitar que o povo seja enganado? Para isso Rousseau nos dá uma equação interessante e simples. “Há muita diferença entre a vontade de todas e a vontade geral, essa só considera o interessa comum, aquela considera o interesse privado e não passa da soma de vontades particulares, mas ao subtrair dessas mesmas vontades os mais e os menos que se destroem mutuamente, a soma das diferenças é a vontade Geral”.

O cálculo é simples: Interesse privado igual à soma dos interesses Particulares. Interesse Privado menos As vontade que se destroem mutuamente. Sobra-se as diferenças. A soma das diferenças é igual à vontade geral.

Um grande e problema do Brasil e de muitos países é não entender essas diferenças. Quando o povo em vez de lutar pela vontade geral, luta por interesses privados. Quem não ouviu muitos dizerem, é meu direito. E outro, e eu como ficamos, e mais; dane-se, o importante sou eu e minha família. Esquecem completamente a Vontade geral, gerando assim um desconforto, tão desagradável, que não é possível viver em sociedade. Qual será a liberdade que as pessoas estão lutando? Será pela propriedade particular ou pelo interesse comum? As manifestações são legítimas, ou estão preocupados com suas vontades particulares?

Analisaremos pois, a manifestação a baixo na sociedade brasileira:








A natureza da manifestação era legítima. Era um protesto para o aumento das bicicletas e a paz no transito. Então para que se pudesse ser feito o protesto, foi necessário fazer algumas passeatas, bloqueando assim algumas vias por um tempo. Infringindo assim o direito de ir e vir de outras pessoas. Qual é a vontade geral? E qual é a vontade de todos? À vontade em questão é o direito de Ir e vir, a vontade de todos é a mobilidade. Tantos os ciclista como os motoristas querem o direito de ir e vir como mobilidade. Então Uns querem ir de carro, outro de bicicletas. Somam-se as vontades Particulares: Ir e vir de bicicleta, Ir e vir de Carro, mobilidade de bicicleta, mobilidade de carro.  Ir e vir com mobilidade de carro ou bicicleta é os interesses particulares. Quais as vontades que se destroem mutuamente? Carros e bicicletas.  Interesse Particular menos a as vontades que se destroem mutuamente é igual a Ir e vir com mobilidade. Ir e vir com mobilidade é a vontade geral. O que entendemos como isso? Não importa o meio de transporte, o importante é ir e vir com mobilidade. 


Na democracia, o que o governo tem que garantir é o direito de ir e vir com mobilidade. O que realmente acontece? Acontece que os interesses particulares são muito mais prestigiados. Os carros estão dominando as ruas, e muitos não podem usar suas bicicletas, ou até mesmo andar a pé, porque as ruas foram feitas para os carros, e não para os cidadãos. Vimos que existem duas classes de Cidadão os Automobilísticos, e os amobilísticos. Os automobilísticos estão com muito mais direito de usar os espaços públicos. Primeiro por que os carros tomam muito mais espaço, são muito mais perigosos, e mais fortes, e causam muito mais acidentes. A vida seria muito melhor sem os carros, por outro lado os carros facilitam a mobilidade, e seria muito difícil acabar com esse conforto. O que poderia ser feito era; ciclo vias, onde separariam os carros dos ciclistas, satisfazendo a vontade de todos.  E a vontade Geral? 

Na verdade para se ter mobilidade é importante os espaços públicos. Esses espaços, com o tempo estão sendo dominado por espaços particulares. Espaço esses restritos, onde se perde a liberdade de ir e vir. O carro é muito mais complicado do que os imóveis. Primeiro por que os imóveis são fixos, já os carros além de tomar um espaço público considerável, são móveis e tomam outros espaços públicos, as áreas de estacionamentos e etc. Entramos em outra questão; o tempo em que este espaço será tomado por algum carro qualquer. O tempo e o espaço em uma cidade grande são disputados até mesmo com a força. A violência no transito é uma guerra de espaço e tempo.


 “- Vai logo por que eu quero passar!...”

O excesso de pessoas e principalmente de carros são os grandes problemas dos centros urbanos.

Segundo Rousseau, temos que abrir mãos de algumas liberdades, para conseguir outras, sei que na época de Rousseau não existia carros, mas a questão de liberdade que ele coloca serve para os dias de hoje. Essa questão de propriedade é um grande problema, hoje no Brasil. Por quê? O excesso de carros destrói um bem comum, a liberdade de ir e vir. E o paradoxo é que compramos os carros para garantirmos melhor a liberdade de ir e vir.

Hoje, não temos mais a liberdade de ir às ruas, nas calçadas sim, quando não tem uma loja ou um camelô tomando um espaço público.

O que é congestionamento? Se não a falta de espaço público. A propriedade privada, carros, retiram a propriedade pública, as ruas, e o que sobra, poucas áreas para eu ir e vir.  Estou condicionado ao tempo e ao espaço que foi me dado, curto e apertado.

Certo território comporta certo número de habitantes. Por exemplo; quantos habitantes comportam o território do município de São Paulo? Acho que nunca na história se pensou nisso. Hoje se fala muito de verticalização. Uns parabenizam os Idealizadores de verticalização. Mas vamos pensar... Quem compra apartamentos em prédios urbanos, simplesmente está trocando um espaço de 125 metros quadrados por um de 45 metros quadrados nos mínimo. Ou seja, 125 dividido por 45 são iguais a Três famílias. Em uma torre de 13 andares, temos 39 famílias. O seja no espaço de 125 metros quadrados que caberia uma família apenas, eles conseguem comportar 39 famílias. Se cada família tem um carro, teremos 39 carros nas ruas a mais. Como vemos a verticalização, feita para melhorar  o problema de pouco espaço, faz com que se agrave mais ainda os espaço públicos  nas cidades.

A melhor forma, e isso não é debatida, é a descentralização dos grandes centros. Devemos não ir contra as liberdades, mas levar par as outras cidades as facilidades que não temos nestas.


Concentração do emprego: Deveríamos distribuir os empregos nas periferias, e nas cidades circunvizinhas, para que o povo não se interesse pelos centros urbanos.

Concentração do comércio: Deveríamos acabar com o comércio ilegal dos grandes centros, para que pudéssemos distribuir as mercadorias de formas mais justas. A ilegalidade tem sido um concentrado de massas, nas cidades grandes. além da falta de incentivo do governo ao comércio as pequenas cidades e periferias. 

Concentração das propriedades: É preciso dar um basta na exploração imobiliária dos grandes centros.  É preciso sem sobra de dúvidas, não incentivar essa prática.



A questão de descentralização dos grandes centros é a resposta mais rápida para resolver os problemas de super população, a questão é que existem muitos exploradores financeiros que se beneficiam com isso. Por isso a atuação do Estado é crucial para essa atitude. Levar as periferias o que elas não têm. Levar as cidades pequenas o que elas não têm.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

É possível ser livre



É possível ser livre
Aqueles presos pelo vício,
Corrompidos, sem sobriedade,
Ao alcance do precipício?!

É possível ser livre
Aquele que embriagados,
Não tem o controle do carro,
Mesmo que não tenha matado?!

É possível ser livre
Aquele que não liga fazer,
Para a possível dor
Que causará pelo seu prazer?!

Neste País sim!
Não sei outros países,
É possível ser livre
Das folhas as Raízes...

Liberdade para drogar-se!
Liberdade para beber!
Liberdade para ficar doidão!
Liberdade para o prazer!

Mesmo que a morte venha,
É possível o embriagado
Ficar livre, só que sóbrio não!
Mesmo que não fora acidentado!

O vilão, não é o lunático
Com suas drogas, descontrolados.
É o cara consciente e sóbrio
Que não pode evitar o caso.

Dizem os técnicos tribunais:
- Quem bebe não quer matar...
Mesmo sabendo  de todo o risco
Culpado, nunca doloso, sempre será.

Os conscientes sóbrios estão sempre
Sofrendo, loucos pudentes!
Já o embriagado, doente
Dirigi e nós muito complacentes.

O drogado ladrão, furtador
Para seu vício alimentar
Vai ao consciente sóbrio destroçar,
E a vida de sua família retirar.

Os drogados que não são  tratados
Vivem a mercê... Coitados!
Os conscientes sóbrios com medo,
Desses lunáticos, imputados.

Que sociedade livre é essa?!
Onde um consumidor de droga
Não tem uma clinica
Para se tratado dessa marola.

Onde o consciente sóbrio, apavorado
Fica a mercê, sem dormir.
O nóia tem que roubar
para a sua droga poder consumir.

O estado, na sabe como,
Não trata, não proíbe, não educa.
Nenhuma solução plausível!
E a sociedade na escravidão caduca!

O drogado, o bêbado, viciado.
São escravos dos seus vícios.
E os conscientes sóbrios são escravos
Desses vis e ciclos suplícios.

É possível ser livre?
É possível ter o direito de ir e vir?
Ser respeitado, pelos méritos
Da lei e todos os termos, cumprir?

Esses, de olhos vermelhos,
De andar cambaleante
Com caras cansadas
E papo louco delirante.

Que utilidade tem neste estado?
Bem não ajuda, não consegue ler,
Bem não calcula, bem não escreve,
Só serve para se satisfazer.

Um cidadão com vício prazer,
Sem noção, sem sobriedade,
Acaba não só com a sua,
Mas de todos, a liberdade!...


Luis Pereira de Queiroz