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terça-feira, 31 de maio de 2011

A liberdade para ser escravo.








Quando freqüentava a igreja de Cristo, conheci um rapaz que era viciado em Maconha. Esse rapaz até se converteu e juntos procurávamos emprego. Depois da sua conversão, ele conseguiu uma heróica abstenção de sete meses.  Ao encontrar com alguns colegas antigos, sentido alguma crise de abstinência. Não foi possível suportar a tentação. Esses colegas tinham a maconha, e ele a vontade de usá-la.

Nós jovens da igreja fizemos de tudo para que ele pudesse libertar-se desse vício. Isso fez com que toda a igreja empenhasse a favor. Conseguimos um psicólogo que o ajudou. Além de conselhos, e apoio, dizendo que ele não estaria sozinho nesta batalha. Isso há 17 anos.

Agora no século 21, onde as manifestações são acaloradas pela a liberdade, uma notícia me espantou. Eu, que sou a favor à liberdade de expressão, à transparência, à tolerância, ao respeito e à manifestação democrática das idéias, fiquei confuso, quando um grupo de jovens, bem intencionado, utilizando tudo que eu mais acredito. Uma manifestação para terem a liberdade de serem escravo das drogas. Ou melhor :“ A liberação da maconha.”

Isso me fez refletir... Onde esses princípios estão errados? Por que eu sou tão contrário essa manifestação?

Na verdade, a manifestação deste grupo está correta, mas a falta de informação que estes jovens têm enfrentado pela educação no Brasil, faz com que eles, utilizem ferramentas legítimas, da democracia, para terem liberdade para se escravizarem. O recado que dou a esses jovens é. Não sejam escravos das drogas. As drogas são elementos que dão prazeres como uma sereia no seu canto. Encantamo-nos pelo som cativante delas, somos conduzidos e afogados nos mares. Tornamo-nos escravos delas. E ai está à contradição. Queremos ser livres, e nos manifestamos para termos o direito de sermos escravos. 

Os rótulos e as idéias modernas ultrapassadas




        O comunismo




comunismo é uma ideologia política e socioeconômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção e da propriedade em geral. Karl Marx postulou que o comunismo seria a fase final na sociedade humana, o que seria alcançado através de uma revolução proletária. O "comunismo puro", no sentido marxista refere-se a uma sociedade sem classes, sem Estado e livre de opressão, onde as decisões sobre o que produzir e quais as políticas devem prosseguir são tomadas democraticamente, permitindo que cada membro da sociedade possa participar do processo decisório, tanto na esfera política e econômica da vida.
Como uma ideologia política, o comunismo é geralmente considerado como a etapa final do socialismo, um grupo amplo de filosofias econômicas e políticas que recorrem a vários movimentos políticos e intelectuais com origens nos trabalhos de teóricos da Revolução Industrial e da Revolução Francesa.[2] O comunismo pode-se dizer que é o contrário do capitalismo, oferecendo uma alternativa para os problemas da economia de mercado capitalista e do legado do imperialismo e do nacionalismo. Marx afirma que a única maneira de resolver esses problemas seria pela classe trabalhadora (proletariado), que, segundo Marx, são os principais produtores de riqueza na sociedade e são explorados pelos capitalistas de classe (burguesia), para substituir a burguesia, a fim de estabelecer uma sociedade livre, sem classes ou divisões raciais.[2] As formas dominantes de comunismo, como Leninismo, Maoísmo são baseadas no Marxismo, embora cada uma dessas formas tenha modificado as ideias originais, mas versões não-marxistas do comunismo (como Comunismo Cristão e anarco-comunismo) também existem.



O capitalismo 


capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas. É dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo.
O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Sombart) no final do século XIX e no início do século XX, para identificar o sistema político-econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros, já desde o início do século XIX, é liberalismo. 
Alguns definem o capitalismo como um sistema onde todos os meios de produção são de propriedade privada, outros o definem como um sistema onde apenas a "maioria" dos meios de produção está em mãos privadas, enquanto outro grupo se refere a esta última definição como uma economia mista com tendência para o capitalismo. A propriedade privada no capitalismo implica o direito de controlar a propriedade, incluindo a determinação de como ela é usada, quem a usa, seja para vender ou alugar, e o direito à renda gerada pela propriedade. O capitalismo também se refere ao processo de acumulação de capital.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo


Um grande problema de alguns pensadores é achar que alguns ajustes poderão ser feito na sociedade para mudar os grandes problemas oriundo da mesma. Por exemplo; como uma sociedade totalmente igualitária, poderá resolver problemas de ordens sociais? Em sociedade socialista, idealizada por Karl Marx, onde não existiria a propriedade privada, e todos teria uma vida comum; para ser implantada, seria possível somente com a virtude excessiva dos seus membros. Um desvio de virtude traria muito transtorno. Tentemos imaginar uma sociedade socialista onde é implantada a distribuição de mantimento. Primeiro não existiria mérito, que não é próprio de uma sociedade socialista, sendo todos iguais perante a lei; geraria o que chamamos de dúvida crucial; quem teria o direito de receber primeiro os mantimentos, já que todos são iguais? Claro que poderíamos colocar na fila o os mais necessitados, como idosos, crianças, deficientes. O Estado até agora esta acertando colocando os mais fracos como os primeiros da fila. E quem serão os próximos? Os administradores? Ou os administradores serão por último? Em uma sociedade totalmente igualitária, qualquer alternativa que se coloca, seria considerado privilégio, retirando totalmente a igualdades entre as pessoas. Outra coisa seria a força do trabalho; um lavrador lavra dois alqueires de terra, todos os dias, já outro apenas um. O primeiro lavrador pelo seu amor a causa socialista não se incomodaria, mesmo que a distribuição dos mantimentos seja igual, e seu esforço sempre seja maior, e mais sacrificante. Será?  São perguntas que com certeza leva qualquer socialismo a uma contra-revolução.

No capitalismo, também tem seus disparates. O neoliberalismo prega a lei do mercado; onde todos os membros da sociedade teriam que se adaptarem as intempéries dele.  Caso uma crise de commodities, onde a produção é menor que a demanda, faz com que o preço de uma mercadoria aumente, e alavanque o preço de outras mercadorias. O segredo para que a inflação não retire o poder aquisitivo dos trabalhadores é educar o povo a não consumir esses produtos, ou mesmo, incentivar o aumento da produção, que poderia ser impossível por que as commodities dependem de fatores naturais, como clima, para se produzir.  Ai por um simples pensamento capitalista, o estado pode causar um transtorno tão complicado para sociedade que não se conseguiria abortar as crises. É o caso de especulações que aproveitaria as crises para segurar ou liberar mercadorias. Deixando cada vez mais uma diferenças  entre as classes, ricas e pobres.

Entendo em minha observação hoje da sociedade contemporânea; não sei se essa observação será considerada válida, que o grande problema da sociedade é os rótulos de capitalista, como os de rótulos de socialista.  Na Grécia antiga, apesar da democracia não ser moderna. Não havia debates de direita e esquerda. Mas uma discussão da sociedade, dos verdadeiros problemas de uma sociedade. Marx teve seu tempo na história, como também Adam Smith. E os pensadores do Social democracia. Estes acreditavam que poderíamos entrar no socialismo sem a necessidade da revolução, principalmente por que no final do século XIX, a Alemanha estava entrando no estágio intensivo do capitalismo e estava na hora de se ter uma revolução, e não teve, pelo contrario, houve a implantação da social democracia.

Hoje sabemos que, todas as teses são frustradas. Cuba libera de forma sutil a propriedade privada. A economia que mais cresce é a China que, como uma revolução socialista, é a maior ditadura capitalista que já existiu. O mundo Árabe se revolta com os sistemas Islã de governo, que apesar de ser uma pseudo democracia direta, que segue o Alcorão como constituição. Dá tanto poder aos seus lideres que acabam mais parecendo uma teocracia de atrocidades. A Europa em crise, Portugal, entra em dívida. E o Japão só não sucumbiu por que tem uma tradição econômica interessante, de poupar muito.

Não está na hora de não mais  rotularmos mais as idéias? Não está na hora da humanidade evoluir para um pensamento, de coesão? Onde uma atitude de governo, seria somente uma atitude, e não capitalista ou socialista o social democrata? Os pensadores acertaram em alguns tempos. Hoje acredito que ser ideológico extremo é ser formador de caos. Principalmente no Brasil cheio de problemas de ordem técnicas. Ainda existem pensadores medindo com a régua da rotulação. Essa Idéia é capitalista, ou socialista, ou é de direita, ou é de esquerda. E os problemas de infra-estrutura do Brasil continuam. A saúde está um caos. A segurança, o trafego de armas e drogas. O desmatamento. A supervalorização dos serviços. Os contratos de licitações mal feitos. E no Brasil, o pior de tudo é uma oposição que não pode criticar a atuação do governo. A oposição no Brasil não pode discordar de nada, primeiro por que as idéias do PT são idéias sociais democráticas, as mesmas da oposição PSDB que para criticar acaba perdendo sua identidade partidária. E dera Deus não errar a situação. Por que oposições não têm. O que se deve a isso? Os ideais sociais democráticos têm a idéia que sem revolução um país, somente com os movimentos democráticos poderá estabelecer um sistema socialista.  Para isso era necessário o capitalismo chegasse ao seu limite, ou seja, um estágio intensivo, que naturalmente o governo caminharia para o socialismo.  Na prática nem um sistema político pode ser natural, a não ser que houvesse um movimento popular provocado por lideres influentes, e ai necessariamente pode chegar naturalmente a um sistema político. Já o capitalismo é natural. Não importa que regime você esteja, sempre vai haver um demanda, e sempre vai haver alguém, para resolver essa demanda, com soluções críveis de capital, que eu chamaria de contra revolução.

Com as idéias sociais democráticas, temos o que chamamos  de um sistema onde há uma verdadeira busca de isonomia entre as classes. Essas propostas sempre foram do PSDB, que no poder poderia ficar encima do muro, sem escolher nenhuma posição, esquerda ou direita, ao ponto de que o próprio Fernando Henrique Cardoso, anunciar que era de centro-esquerda, ainda mesmo como presidente da República. Fora do poder isso complica. Como fazer oposição ao um partido (PT) que no momento prega as mesmas idéias. O próprio DEM, antigo PFL, com idéias liberais ao se coligar com o PSDB, perde também sua identidade.  O PSD, partido do Democrata Kassab é uma grande realidade brasileira. Demonstra que identidade partidária está caindo em desuso no Brasil. Será que isso é bom o ruim para nós?

Estamos com uma oportunidade única no Brasil. Mostrar ao mundo que rótulos não funcionam; que os pensadores modernos não funcionam em nossa sociedade contemporânea. Que não existe mais a direita e a esquerda, e sim a Democracia. O debate de idéias sim... E não essas idéias ultrapassadas. Precisamos, com todas as tecnologias que temos, é uma discussão técnica das muitas formas de resolver os problemas. Na verdade precisamos valorizar a democracia para desenvolvermos novas formas de medir as próprias idéias.  O problema do Brasil é muito simples: Um dos princípios da constituição do Brasil é a soberania. Será que entendemos que somos soberanos? Será que nós brasileiros entendemos o que é ser soberano. Às vezes entendemos que somos soberanos apenas perante os outros países? Ou não sabemos que a soberania é formada por leis onde todos deverão obedecer? O que é soberania mesmo? Outro princípio é pluralidade. Será que entendemos o que é pluralidade de idéias, ou mesmo, a diversidade de cultura? O que é ser plural? O povo, quanto os políticos brasileiros nem entendem isso direito. Quando entendermos... Quem sabe? 


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Transparência ou Blindagem?





Fonte da imágem : http://blogs.diariodepernambuco.com.br/politica/?tag=blindagem




     Existe no Brasil um direito inalienável que buscamos incessantemente. Esse direito nos dá segurança, podemos nos proteger de atrocidades de pessoas fofoqueiras ou mentira de terceiros. Esse direito é o direito a privacidade. A privacidade nos dias de hoje é vista por dois aspectos básicos: Dar segurança aos bens de um indivíduo e ou esconder os podres de alguém. Quando temos algo de bom, queremos é divulgar para todos. Queremos nos mostrar com os carrões e mansões, que com o esforço de uma vida, conseguimos. Para essas coisas frutos da vaidade humana nem sempre assumimos o direito de privacidade. Mas quando um erro, uma traição, uma vida não ética, ou de baixa moral, a privacidade é sempre o meio pelo qual garantimos essa vida desfavorável.


       Lembro um dia, em que eu estava indo para um acampamento religioso em Embu Guaçu na região metropolitana de São Paulo. Foi combinado de encontrarmos como uma turma em Jabaquara e de lá iríamos todos em rumo ao acampamento. Lá em uma caminhonete D-20 cabine dupla, continuamos o caminho. O motorista feliz de ter comprado sua caminhonete, se orgulhava de ter pegado a estrada do rio grande do sul até São Paulo e ter chegado próximo dos 200 km por hora, quando de repente o Presbítero Abramo, bem calmo sentado em meu lado na cabine da parte de trás, fala em poucas palavras: - Os anjos só nos protegem em quanto estamos à velocidade permitida por lei fora disso ele não nos protege por que os anjos cumprem as leis – Isso deixa todos envergonhados. Para um bando de crentes humilhados, era melhor ficar quieto.


        Para se gabar, não existe privacidade. Já para esconder sua vergonha, a privacidade sempre vem a calhar. Na política temos casos onde essa característica humana é latente:





PSDB, DEM, PPS começam a recolher nesta semana assinaturas para a abertura de uma CPI mista, com deputados e senadores.
Deseja-se investigar a prosperidade patrimonial de Palocci, levada às manchetes pelos repórteres Andreza Matais e José Ernesto Credencio.
Na eleição de 2006, Palocci informara à Justiça Eleitoral que seu patrimônio somava R$ 375 mil. Sem alarde, fundou uma consultoria chamada Projeto.
A empresa adquiriu em áreas nobres de São Paulo um par de imóveis. Pagou R$ 882 mil por um escritório e R$ 6,6 milhões por um apartamento de 502 m².
Em 2006, ano de sua fundação, a consutoria de Palocci faturara R$ 160. No ano eleitoral de 2010, amealhou R$ 20 milhões.
Desse total, R$ 10 milhões pingaram nos dois últimos meses do ano, quando Dilma já estava eleita e Palocci coordenava a transição.
A abertura de uma CPI depende do apoio de 171 deputados e 27 senadores. Na Câmara, a oposição dispõe de algo como 100 assinaturas. No Senado, tem 19.

Fonte: http://www.onortao.com.br/ler.asp?id=42692




A ex-senadora Marina Silva (PV-AC) vai entrar com representação no Ministério Público Federal para que sejam investigadas as acusações de que seu marido, Fábio Vaz de Lima, técnico agrícola, teria participação em irregularidades em negócios que envolveriam órgãos federais vinculados ao Ministério do Meio Ambiente, na época da gestão de Marina.
De acordo com a assessoria da ex-senadora, a própria Marina vai solicitar para ser alvo das investigações da Procuradoria. A decisão de Marina veio depois que o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do Código Florestal, a acusou de agir em favorecimento do seu marido para impedir que ele fosse convocado a depor na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados sobre seu suposto envolvimento em fraudes.

    Temos aqui duas notícias interessantes, uma de Antônio Palocci, articulador, calmo, aparentemente integro, mas que optou pela blindagem, nas acusações. Já do outro lado, Marina silva, a Transparência.
Quem será que ganhará neste cenário político? Quem sairá perdendo? Os dois, ou Dona Marina ou Seu Antônio? Seja quem for, a  privacidade aqui está em jogo. Sabemos que Palocci tem o direito a sua privacidade, mas será que essa blindagem que o governo faz de Palocci não é um golpe contra a democracia? Cadê a transparência. Por mais competente que ele seja, será que Deus é tão cruel que não poderia colocar outro indivíduo a sua altura para assumir seu cargo. Ou mesmo, se ele é honesto, Por que não dá à cara a tapa, como Dona Marina? A transparência política é sua arma agora. Palocci deveria sair debaixo das saias de Dilma e se mostrar. Olha aqui, sou honesto, e sou competente, se fiz algo errado me desculpe.  Mas não, os políticos brasileiros, ainda se acham que estão acima de tudo. Na sua vida privada poderá fazer sua caca e ninguém deverá se meter, mesmo que sua caca venha poluir o já poluído rio Tietê. 
           No Mundo moderno, se queremos ser modernos, tudo tem que se passar a limpo, sabemos da perda de tempo, do desgaste. Mas será que o governo não percebe que o povo brasileiro está cheio desse disse não disse. Marina com sua simplicidade poderá descobrir coisas de seu marido, que ela nunca imaginara; mas será uma heroína. Por que não se blindou ou ficou com medinho de acusações provavelmente infundadas.
O sigilo é importante. Só que gostaria de dizer sobre o repúdio que invade o meu coração. Há algo que temos que entender; existem dois tipos de bens. O privado, secreto, blindado. E também o público, livre, transparente. O privado, quem tem o direito deve fazer o que quiser, é seu mesmo! Já o público, sem chance. Não sei se alguém já ouviu o  termo: “A rua é pública!” Ótimo, realmente a rua é pública, por isso mesmo não devemos ter total liberdade sobre ela. O que é público? Público são bens que alienamos em pró de todos. É nosso, mas também dos outros, e é de extrema importância, a transparência sobre ele. Se o bem é público, não existe o que chamamos de liberdade. Existem regras, onde podemos fazer ou não alguma coisa. Já o privado sim: isso é liberdade, eu tenho posse, e posso fazer o que eu quiser.   Já o público, e um bem alienado por todos e, portanto toda a liberdade e limitada, para que todos possam beneficiar-se do bem. Hoje, a falta de educação é tanta, que se é público, muitos acham que é livre, e isso é completamente ao contrário. O público significa que é todos se responsabilizam pelo tal. O privado que é livre para o dono fazer o que quiser.
OH! politicada! Entenda que a transparência do dinheiro público é um direito que temos, por que ao nascermos sem se dar conta, alienamos os bens, para serem públicos. Então todos, que trabalham com os bens públicos, têm que estar à disposição da sociedade, tem que ser transparente, como seus gastos. Vocês Oh! Políticos, não estão tomando conta do que é seus, mas do que é do povo e deve prestar conta. E é isso, que basta Palocci fazer, prestar contas! Se tu és honesto, por que a blindagem? Dê oh! Homem as caras é cale a boca da oposição, com o seu fino trato.   

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Onde começa a educação?





Em uma discussão sobre o ensino público, um professor exaltado diz: “A educação começa em casa. Os pais não educam aos seus filhos e nós é que sofremos.” “Em casa?” A educação que esse professor refere é a educação das boas maneiras, o respeito, a tolerância.  Mas porque não podemos considerar a educação de casa, válido?

A educação baseada nos costumes e cultura dos pais pode ser e  é válida, mas existem tantas culturas, e tanta diversidade na forma em que nossas crianças são criadas, que ficaria difícil dizer o tamanho dessa validade.

Sabemos que, a ditadura que o Brasil teve nos anos setenta e oitenta, com a destruição das idéias políticas, acabou com a educação. Podemos dividir a história da educação no Brasil em duas: Antes da revolução 64, e depois.

Lembro que quando tenro em idade, um simples criança, fiz uma brincadeira, com o MDB, Movimento democrático brasileiro; e falava como ouvi na escola. “Movimento dos doidos e bobos.” “fica quieto menino, você não tem medo, o governo pode te pegar”.  Na época, muita criança, não entendia que as pessoas morriam de medo do governo. Mesmo os movimentos democráticos brasileiro, que não iria persegui qualquer manifestante, faziam com que o povo sentisse um medo terrível.

A educação civil estava neste momento destruída. O povo que se manifestava era considerado inimigo do governo. O governo não aceitava crítica, ou oposição, ou seja, o que for.  Com isso, as famílias perderam a base da educação das boas maneiras.  Elas não respeitavam o governo por que era uma autoridade, que tinha o objetivo de garantir os direitos dos cidadãos.  Respeitavam,  por que sentiam simplesmente o medo de serem represados por alguma injustiça. Esse sentimento é passado de pai para filho. E com isso, se cria uma revolta contra a opressão, que não existe hoje. Não se respeita as autoridades, não se respeita os professores e estamos em um caos educacional, que assusta em muito aquele que tem um pouco de informação.

Mas onde começa a educação? Minha mãe dizia: “essa é a educação que você aprende na escola?” E o professor diz: “É em casa que se educa.” O que vejo na verdade, um jogo de empurra, empurra; onde os pais culpam as escolas, e os professores os pais. Mas quem seria responsável pela educação civil?

Na verdade todos são responsáveis pela educação. Os pais com um papel totalmente de provedores da educação. E os professores, consolidadores da educação. Os provedores, por que são os principais investidores. E consolidadores por que completam a educação dos pais.

Os pais são diversificados, com culturas diferentes, com costumes diferentes, maneira de agir diferente, religiões, rotinas; tudo diferente. E na escola, o aluno entraria em um mundo diferente do  que é a família. O contato com as outras crianças seriam o contato com as diversas culturas que existem no Brasil. Por isso, acredito que a educação civil, deveria partir das escolas, pelos educadores consolidadores. Que iriam ensinar a todos a respeitarem as diversas culturas que a ditadura deseducou. Os pais não têm essa capacidade, por que são limitados pelas experiências e afirmação de sua cultura e costumes, como por exemplo, a afirmação de sua religião.

A educação civil, onde afirma que devemos respeitar os mais velhos, respeitar os direitos dos outros, as boas maneiras, a ética, a moral, a tolerância, a questionar, não tem quem ensine no Brasil. Os ensinos religiosos, não são efetivos, porque ensinam apenas um parâmetro de uma diversidade ampla. Os ensinos como filosofia, cidadania, política são atividades de base fundamental. É de obrigação do estado, que é laico, educar o seu povo, carente de educação.

Onde começa a educação civil?

Começa na escola, onde as muitas diversidades se chocam. É na escola, que se deve ensinar que é errada a violência. É na escola, que se deve ensinar que as pessoas têm culturas diferentes e que devemos arrumar um jeito de vivermos em união, apesar das diversas opiniões que temos. É na escola, que devemos ensinar a questionar os desvios das autoridades. É nas escolas que devemos ensinar os interesses particulares, e os públicos. Os princípios de soberania, cidadania, a dignidade da pessoa humana, o valor social do trabalho e a livre iniciativa, e o pluralismo político. Esses princípios deveram ser ensinados no ensino fundamental. Na faculdade é tarde de mais.

  Constituição do Brasil:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O paradigma do preconceito




Um dia, uma mãe se surpreende com a pergunta de uma filha. Ela estava ensinando sua filha a preparar um frango. Um preparo até tradicional, por que era passado de mãe para filha. – Mamãe, porque cortar o frango no meio, já que a forma cabe o frango inteiro? Uma curiosidade normal para uma menina de 14 anos, levando assim, a essa mãe a uma resposta bem categórica. “Esse é o segredo”.  Dizia a mãe: “Sem  o corte do frango não temos o sabor, que queremos”.  – Mas mãe!... – insistiu a filha – não existe lógica. O frango fica um dia inteiro no tempero. Não é o tempero que dá o sabor a frango? Olha filha!... – A mãe meio que desconcertada – Foi sua avó que me ensinou assim, e disse que o segredo é esse, e quem a ensinou foi a mãe dela. Não é bom discutir com os mais velhos. Sua avó sabe o que fala. Se o corte do frango é que dá o sabor é por que o corte dá o sabor e fim de papo. Essa menina esperta, não perde tempo. Quando teve a oportunidade de falar com sua bisavó, perguntou: – Vovó, porque o frango é cortado no meio?  – Ah!... Minha menininha, isso é para dar o sabor.  – Mas bisavó, não é o tempero? Sim, é o tempero, mas o corte dá o sabor do amor! – Como assim vovó? Quando chegamos ao Brasil, éramos muito pobres e não tínhamos dinheiro nem para comprar uma forma maior, e nem poderíamos comprar todos os temperos, que fazia o frango como aprendi de minha mãe. “Um dia meu esposo perguntou, “Que gostosos é esse frango? Como consegui já quem não tem forma, e nem todos os temperos?”e eu respondo? É o amor que, utilizando o que tem, faz tudo mais gostoso! Corta-se o frango, para caber na forma menor e utiliza os temperos que têm e mesmo assim, o frango fica mais gostoso.


Li em um livro que nós seres humanos somos programados desde pequenos a tomar atitudes insanas. É o caso de uma moça que ao ver um indivíduo com certas características, sai correndo apavorada. Depois de uma sessão de hipnose como seu psicólogo, ela descobre que quando muito nova, um tio gostava de fazer cócegas nelas, e ela não gostava e morria de medo, de tal forma, que quando ela o avistava, sai correndo, com isso a fobia. Todas as vezes que observava pessoas parecidas com o seu tio ela sai correndo. Para os psicólogos isso se chama paradigmas, “Modelo, padrão de verdades criadas para sentir segurança”. Na verdade criamos paradigmas para nos sentirmos seguros, e reagimos, sem pensar direito no que estamos fazendo. Na verdade, não haveria necessidade de pensar muito por que segundo estamos programado pelos paradigmas, isso é verdade, mesmo que relativa, e a reação é até inconsciente. 


Da onde surge o preconceito? Essa é uma pergunta que às vezes, não sabemos responder por que a coisa é tão inerente a ser humano que nos titubeamos para a resposta. Mas a resposta é clara. Surge da falta de questionamento, a coisas sem lógicas. Como neste conto. O corte dá o sabor. Mais que sabor? A mãe entendeu que era o sabor do frango. E assim ensinava. Se essa menina não se questiona, ela levaria o conceito precário, (preconceito) para ensinar para as outras gerações. O paradigma (verdade relativa que dá segurança) que essa mãe criou, “Não é bom discutir com os mais velhos. Sua avó sabe o que fala” é que leva a nós a desenvolvermos a conceitos mentirosos e confusos.

Por que a maioria dos negros é pobre? Uns poderiam dizer. “por que é uma raça inferior.” Mas quando estudamos a história, percebemos como os brancos utilizando a força, escravizaram e destroçaram a cultura dos negros. Tirando assim, As oportunidades que eles teriam por direito. Assim sim, dá para entender por que a maioria é pobre.

Por que a mulher, mesmo tendo os mesmo cargos dos homens recebe menores salários? E se alguém falar. “O sexo feminino é inferior!” Mas tentando entender a história, observamos que há muito tempo as mulheres estiveram com o papel exclusivo de cuidarem dos filhos. Suas vidas eram tão nobres neste cuidado que elas resistiam às atrocidades de alguns homens, que não as respeitavam.  Agora, com as facilidades dos tempos modernos, elas podem concorrer com os homens, mas mesmo assim alguns acham que o sexo feminino é inferior.

São esses paradigmas que desenvolvemos com os tempos, e ensinado de forma sutil, pelos meios de ensino que levam as pessoas a terem preconceitos.

Isso acontece com qualquer cultura. Não devemos sermos como essas mães, e seres humanos que simplesmente aceita os ensinamentos e não questionam. Questionar, não é fácil para uma criança, em plena formação do conhecimento. Por isso, as escolas têm que serem estruturadas não para encher nossos filhos de conhecimento, e sim para ensinar a questionar. Por que isso? Porque aquilo? Mas assim não é de uma forma melhor?

Lembro quando visitei uma igreja. No final do culto, questionei o pastor, sobre um texto que ele teria explicado errado. Sua arrogância foi tão grande que ele responde com uma pergunta – Quanto tempo você tem de convertido? Eu tenho um ano, respondo. – Como você, quer comparar o seu conhecimento de um ano de conversão comigo que tenho mais de dez anos. Por tanto, segue a bíblia do seu jeito, que eu sigo do meu. As pessoas...  sei lá? Tem vergonha de não saberem responderem os questionamentos dos mais jovens, eu acho.  E de não perceberem que um bom questionamento pode quebrar paradigmas poderosos em nossa sociedade.  Temos que não somente perguntar, o Porquê, mas, também perguntar o porquê não? Então eu pergunto a todos vocês que são donos da verdade. Porque não admitir está vivendo um preconceito quando não aceita que todos nós somos iguais? E que a falta de conhecimento, ou a diferença de sexo, ou cultura diferente, o poder aquisitivo não quer dizer nada.

A luta das sociedades democráticas, não é a luta de classes, como querem que acreditemos. A luta da sociedade democrática, já que essa sociedade e formada pelas diversidades, deve ser a luta contra os preconceitos. A nossa luta não é direita contra esquerda. Ou liberalismo contra socialismo, ou melhor, ricos contra pobres. A nossa luta é contra a exclusão social. É contra as pessoas que se acham melhores, só porque é filho de papai, ou mesmo de uma autoridade. Ou se sente poderoso, por que tem um poder aquisitivo um pouco maior do que os outros. 

A sociedade é violenta, por que um ego foi ferido, um paradigma foi quebrado, ou por que alguém cai de seu pedestal; e não conformando com isso tenta com a força, voltar a sua posição injusta.

Quantas pessoas têm que morrer para que possamos entender o grande mal do comportamento preconceituoso para as sociedades democráticas?